O compromisso com o equilíbrio ambiental e a responsabilidade social são atualmente requisitos indispensáveis para que as empresas conquistem credibilidade no mercado e fortaleçam as suas marcas junto ao público. Práticas sustentáveis, capazes de gastar menos recursos naturais e assegurar o equilíbrio sustentável, são cada vez mais valorizadas pelas pessoas.
Para atender a essa demanda por produtos mais amigáveis com o meio ambiente, muitas pesquisas vêm sendo desenvolvidas para tornar o plástico um produto sustentável. Neste artigo, vamos apresentar algumas matérias-primas sustentáveis desenvolvidas a partir do plástico, como o bioplástico e o plástico verde.
Saiba o que é o bioplástico ou biopolímero
Os plásticos produzidos a partir de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar, são conhecidos como bioplásticos ou biopolímeros. Embora esses produtos possuam as mesmas propriedades físicas e químicas do polietileno convencional, eles são biodegradáveis e capazes de capturar CO2, além de auxiliar na redução da emissão dos gases de efeito estufa.
Vale observar que o bioplástico e o plástico biodegradável são dois conceitos parecidos, porém diferentes. Enquanto o bioplástico é produzido a partir de fonte renovável, como cana-de-açúcar, milho, batata e beterraba, o plástico biodegradável é capaz de se degradar e gerar água, CO2 e biomassa.
Para a produção do bioplástico, o etanol da cana-de-açúcar passa por um processo de desidratação, formando o eteno, que é polimerizado e transformado em polietileno. Em seguida, esse bioplástico vai para as empresas de terceira geração para a produção de produtos plásticos.
Uma das principais matérias-primas para produção desse tipo de plástico é a cana-de-açúcar. Portanto, o Brasil tem um papel importante nesse mercado, pois é o maior produtor mundial desse produto.
Seja bem-vindo à era do plástico verde
A Braskem, maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, lançou em 2010 o primeiro polietileno certificado de fonte 100% renovável, o chamado plástico verde. Produzido a partir do etanol, feito com cana-de-açúcar, o plástico verde pode ser 100% reciclado.
Em 2017, a Braskem desenvolveu o polietileno verde, um composto com elevado conteúdo renovável que pode ser usado no processo de rotomoldagem. Após ter identificado uma demanda de mercado por uma solução mais sustentável em produtos rotomoldados, a petroquímica trabalhou na pesquisa da resina.
O polietileno verde possibilita produzir peças para aplicações de uso geral, desde brinquedos até acessórios para a indústria agrícola. Em breve, esses produtos poderão conter mais de 50% de plástico verde em sua composição e garantir maior auxílio na redução das emissões de gases de efeito estufa.
Em fevereiro de 2017, a Braskem inaugurou no Centro de Tecnologia e Inovação de Triunfo (RS) um laboratório completo de rotomoldagem, que inclui uma máquina da Rotoline de porte comercial, com um investimento de R$ 1,7 milhões.
Linha de cadeira à base de plástico verde
Combinar sofisticação em design com práticas ecologicamente corretas é a proposta das cadeiras Jet e Paco, resultado da parceria entre a Braskem e a Tramontina. Os produtos são feitos com o plástico “verde”, feito a partir da cana-de-açúcar. Esse material possui a mesma resistência, durabilidade e peso do plástico derivado de fontes fósseis.
Fonte imagens: Tramontina / Dino.com.br / Leroy Merlin
Gramado sustentável
A Braskem e alemã Polytan eram as fornecedoras dos campos de hóquei, produzidos a partir do polietileno verde I’m greenT, para os Jogos Olímpicos que iriam acontecer em Tokyo, em 2020. A cidade japonesa foi a primeira a organizar uma edição dos Jogos Olímpicos com neutralização de carbono, utilizando tecnologias verdes.
Fonte imagens: Leroy Merlin / Green Technology
Grupo LEGO adota o plástico verde
O polietileno verde, feito a partir da cana-de-açúcar, é usado em elementos botânicos da empresa dinamarquesa conhecida por seus blocos de montar. Peças em miniatura de árvores, arbustos e folhas fazem parte da coleção.
Fonte imagens: LEGO
